AMEIXA KELSEY PAULISTA
Prunus salicina
Cultivar de Ameixa Japonesa selecionada na década de 1930 na propriedade dos Irmãos Giacon em Limeira-SP, produz deliciosos frutos de tamanho grande com casca amarela-esverdeada. Sua polpa é doce e de excelente sabor. Ótima para consumo in-natura, sucos, geleias, licores e sorvetes.
Uma das melhores variedades de ameixa para cultivo no Estado de São Paulo, apresenta alta produtividade, exigência mínima de horas de frio e não necessita de polinização cruzada com outra espécie, produzindo sozinha no pomar.
Planta de poucos cuidados, com manejo adequado e plantas enxertadas, pode ser cultivada em vasos. Deve ser plantada a pleno sol, e preferencialmente em solos férteis e úmidos, com boa drenagem. Para saber mais sobre o plantio de ameixas, clique aqui e veja um excelente boletim sobre ameixeiras do IAC.
Para obter frutos maiores e de melhor qualidade, é necessário realizar uma poda anual entre o final de julho ou começo de agosto, época esta em que a planta esta despida de folhas, e assim que estiver carregada de frutos ainda pequenos, se recomenda desbastar metade destes frutos.
Mudas enxertadas deste cultivar são comercializadas sazonalmente pela Ciprest. www.ciprest.com.br
Destaque: Um pouco mais sobre a história da Ameixa Kelsey Paulista
A variedade de ameixa Kelsey foi a primeira ameixa de origem japonesa que chegou nos Estados Unidos em 1870. Cultivar de grande sucesso na época, foi amplamente plantada comercialmente em solo americano.
Em 1929 Henrique Jacobs importou sementes de Ameixa Kelsey oriundas dos Estados Unidos para produção de mudas na propriedade dos Dierberger em Limeira-SP. Dentre essas primeiras mudas produzidas, algumas foram compradas e plantadas pelos os Irmãos Giacon da propriedade vizinha na época e dos frutos que produziram, foram plantadas as sementes e destas sementes, saiu a planta que viria a ser a melhor das Ameixas para o Brasil na época.
Desta planta reproduzida com sementes da Kelsey Americana, uma delas acabou se destacando entre as demais, produzindo frutos grandes e de ótimo sabor, além da alta produtividade. E assim foi selecionado por enxertia o cultivar "Kelsey Paulista", que viria a ser um grande sucesso nas próximas décadas no Estado de São Paulo.
Veja abaixo uma excelente matéria sobre sobre a ameixeira no estado de São Paulo, de autoria de Armando Martins Clemente, publicado originalmente em 14/07/1954 no jornal Estado de São Paulo, onde é destacada a Ameixa Kelsey Paulista.
RESGATE DA VARIEDADE:
¨Lembro na minha infância, desta ameixa sempre plantada nas propriedades de meus antepassados como o Irineu Jacon e também o Orlando Jacon, quando a experimentei pela primeira vez no sítio do Orlando adorei, uma lembrando até hoje presente em minha memória, daquela que nos fazem salivar, desta Ameixa que se diferenciava das demais em sabor, consistência, crocância e também por um umbigo pronunciado e muitas vezes oco por dentro, em volta deste umbigo a polpa bem macia e sucosa e no restante da fruta mais firme.
Somos descendentes de famílias Italianas, esta Ameixa era chamada pelos mais antigos de BRUNHA.
Anos atrás, começou a saga para recuperar a espécie, que acabara se perdendo há décadas e com ajuda do Dr. Sérgio Sartori, amigo e companheiro na Associação Brasileira de Frutas Raras, do Sr. José de Barros, aposentado do IAC, Estação Experimental de Jundiaí, que tem até uma Nectarina batizada em sua homenagem, a Nectarina Josefina foi possível resgatar a espécie e passar para um viveiro voltar a enxertar, produzir mudas dela em pequena quantidade.
Mas a Saga ainda não terminaria, pois até mesmo fotos dela, para mostrar como é não existiam.
Quase dois anos se passaram e o Fernando, amigo e produtor de Jundiaí arrumou fotos dos frutos dos frutos na planta, ainda verdes e na web, localizei uma postagem dela, sem especificar a variedade, referida como uma Ameixa deliciosa que tenho no quintal, feita pelo Sr. Aldo Scherpinski que mostrava a fruta da minha lembrança, inclusive mostrando a cera branca que recobre a casca, que pode ser vista na foto preto e branco abaixo e também o oco, com a suculência do passado, das minhas memórias.
Feliz por resgatar com a ajuda de amigos de hoje e antes desconhecidos, tanto a planta como as fotos para descreve-la. Sei que meus familiares mais antigos devem sentir falta do sabor dela, bem como todos que cruzaram com a Ameixa ou Brunha, como a chamavam.
Uma publicação muito especial, feita por meu filho Gustavo Giacon em 23/08/2020 - Edilson Giacon ¨
RESGATE DA VARIEDADE:
¨Lembro na minha infância, desta ameixa sempre plantada nas propriedades de meus antepassados como o Irineu Jacon e também o Orlando Jacon, quando a experimentei pela primeira vez no sítio do Orlando adorei, uma lembrando até hoje presente em minha memória, daquela que nos fazem salivar, desta Ameixa que se diferenciava das demais em sabor, consistência, crocância e também por um umbigo pronunciado e muitas vezes oco por dentro, em volta deste umbigo a polpa bem macia e sucosa e no restante da fruta mais firme.
Somos descendentes de famílias Italianas, esta Ameixa era chamada pelos mais antigos de BRUNHA.
Anos atrás, começou a saga para recuperar a espécie, que acabara se perdendo há décadas e com ajuda do Dr. Sérgio Sartori, amigo e companheiro na Associação Brasileira de Frutas Raras, do Sr. José de Barros, aposentado do IAC, Estação Experimental de Jundiaí, que tem até uma Nectarina batizada em sua homenagem, a Nectarina Josefina foi possível resgatar a espécie e passar para um viveiro voltar a enxertar, produzir mudas dela em pequena quantidade.
Mas a Saga ainda não terminaria, pois até mesmo fotos dela, para mostrar como é não existiam.
Quase dois anos se passaram e o Fernando, amigo e produtor de Jundiaí arrumou fotos dos frutos dos frutos na planta, ainda verdes e na web, localizei uma postagem dela, sem especificar a variedade, referida como uma Ameixa deliciosa que tenho no quintal, feita pelo Sr. Aldo Scherpinski que mostrava a fruta da minha lembrança, inclusive mostrando a cera branca que recobre a casca, que pode ser vista na foto preto e branco abaixo e também o oco, com a suculência do passado, das minhas memórias.
Feliz por resgatar com a ajuda de amigos de hoje e antes desconhecidos, tanto a planta como as fotos para descreve-la. Sei que meus familiares mais antigos devem sentir falta do sabor dela, bem como todos que cruzaram com a Ameixa ou Brunha, como a chamavam.
Uma publicação muito especial, feita por meu filho Gustavo Giacon em 23/08/2020 - Edilson Giacon ¨
(Clique na imagem para ampliar)
Detalhe dos frutos em publicação dos anos 50
Veja mais fotos abaixo:
Detalhe dos frutos na planta
Detalhe dos frutos na planta
Detalhe dos frutos na planta
Detalhe dos frutos na planta
Detalhe dos frutos
Detalhe dos frutos
Detalhe dos frutos na planta